A reitora da Universidade de Évora alertou que as dificuldades financeiras das instituições de ensino superior não foram ultrapassadas.
Ana Costa Freitas explicou que as despesas aumentaram e não estão a ser compensadas.
“No global, as instituições vieram a assumir mais despesas decorrentes das merecidas progressões, dos merecidos concursos de regularização de bolseiros e investigadores, há muito nossos colaboradores, dos aumentos muito merecidos de salários mínimo e subsídios de refeições, da regularização de precários”, disse.
“Todas estas situações necessárias, louváveis e importantes para o bem estar de todos nós representam, como já referi, um considerável aumento de despesa e, sejamos sinceros, nunca são completamente compensadas no Orçamento do Estado que é distribuído”, frisou.
A reitora salientou que, “apesar de um esforço grande da tutela”, o orçamento das instituições “diminui ano a ano, com o conhecimento de todos os que o aprovam na Assembleia da República”.
No seu discurso de tomada de posse, Ana Costa Freitas lembrou que, ainda assim, a Universidade de Évora abriu cerca de 70 concursos para docentes e não docentes e não aumentou propinas, entre outros resultados.
A reitora afirmou-se determinada para os próximos quatro anos de mandato, mas pediu que não retirem “margem de manobra” às academias.
“Por favor não nos retirem margem de manobra, não nos coloquem na situação de maior subfinanciamento, assumam que só é possível implementar as políticas que definiram, e que são justíssimas, com as necessárias contrapartidas financeiras”, referiu.
“Disse há quatro anos, e repito, se acham que a educação é cara, experimentem a ignorância”, acrescentou.
Além da reitora, tomaram posse os vice-reitores Ausenda Balbino, Cesaltina Pires, Soumodip Sarkar e António Candeias e os pró-reitores Luís Rato, Rosalina Costa, Marta Silvério e Miguel Elias.