A reitora da Universidade de Évora está convencida de que não foram cometidos quaisquer ilícitos e, por isso, espera que os inquéritos do Ministério Público à instituição sejam arquivados.
É a reação de Ana Costa Freitas às buscas realizadas pelo Ministério Público e pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária à academia, na passada segunda-feira.
Segundo a reitora, as buscas foram realizadas no âmbito de dois inquéritos relacionados com factos ocorridos entre 2009 e 2018, envolvendo três reitorias, a sua e as de Jorge Araújo e Carlos Braumann, devido a processos de “aquisições, contratações de docentes e de funcionários e uso de cartões de crédito”.
“Estiveram cá, levaram o que quiseram, foram onde quiseram e tudo o que pediram foi-lhes entregue. Não vejo que haja qualquer problema”, refere.
Ana Costa Freitas diz não estar “minimamente preocupada” com as denúncias, apesar de as considerar “desagradável” para a universidade e para a comunidade académica.
“Há nitidamente um ataque a mim própria, mas não é nada que me incomode especialmente. Fiquei mais incomodada por aquilo que pode afetar a imagem da UÉ”, afirma.
A reitora revela ter recebido uma cópia de uma denúncia anónima, que não sabe se está na base dos atuais inquéritos, que contém “bastante infundadas e muito pouco objetivas”.
A responsável sublinha que uma situação semelhante aconteceu há quatro anos atrás quando foi eleita pela primeira vez como reitora da UÉ, realçando que esta denúncia anónima tem “algumas das coisas” que foram levantadas naquela época e que “já foram verificadas”.