Uma saúde débil da pessoa infetada com covid-19 ou uma nova variante do vírus SARS-CoV-2 pode explicar a infeção de utentes já vacinados do Recolhimento Ramalho Barahona, em Évora.
A opinião é do professor do Departamento de Biologia da Universidade de Évora Carlos Sinogas.
“A vacinação pode não ter sido eficaz porque as pessoas são idosas e não têm o sistema imunitário suficientemente robusto para reagir à vacina como deve ser”, referiu.
E acrescentou: “de qualquer forma, alguma coisa lá têm e não é expetável que os sintomas sejam graves e os mesmos que seriam se não tivessem sido vacinados”.
Sinogas disse que as pessoas vacinadas ficam com “alguma resistência, que é induzida pela vacina, mesmo não seja uma proteção total”.
Outra hipótese é a pessoa já vacinada ser infetada por “uma variante” do coronavírus em que “pode não estar completamente protegida para esse vírus mutante”.
“Mas terá sempre alguma reação contra e depois da vacina a infeção é menos problemática”, sublinhou.
No passado fim de semana, 12 utentes do Recolhimento Ramalho Barahona, em Évora, ficaram infetados com o novo coronavírus, cerca de três semanas depois de terem levado a segunda dose da vacina contra a covid-19.
O provedor da instituição, Francisco Lopes Figueira, indicou que os infetados estão assintomáticos.