O primeiro-ministro admitiu hoje que não pode garantir que não haja abusos de poder nos serviços secretos portugueses.
Mas, questionado no Parlamento pelo Bloco de Esquerda, Pedro Passos Coelho negou que haja “balbúrdia”.
No debate quinzenal, o líder bloquista, Francisco Louçã, questionou Passos Coelho sobre a “balbúrdia” nos serviços de informação, aludindo a alegados ficheiros pessoais encontrados pela Polícia Judiciária no telemóvel do ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, Silva Carvalho.
“Não há balbúrdia nos Serviços Secretos”, assegurou Passos Coelho, ressalvando que “nenhum português, membro do governo ou deputado tem garantias absolutas” de que não haja abusos por parte dos detentores de cargos nos serviços de informações.
“Eu não as posso dar”, reiterou o primeiro-ministro, depois de Francisco Louçã lhe exigir “garantias institucionais” de que “não se repete um facto tão grave” como a questão dos contactos no telemóvel de Silva Carvalho, que saiu dos serviços de informação para o grupo económico Ongoing.