O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) acusa o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) de ser “um festim para os prestadores de serviços”
Em comunicado, o SIM refere que o HESE “gastou 1,7 milhões de euros em contratação externa de serviços médicos em 2018” e que “um dos contratos, celebrado com uma empresa de prestação de serviços, apresenta um valor superior a meio milhão de euros”.
O sindicato diz mesmo que “o valor gasto” pelo Hospital de Évora permitiria “contratar 35 médicos especialistas das várias especialidades, integrados na carreira médica”.
“O Governo, os conselhos de administração e os responsáveis da Administração Regional de Saúde continuam a gastar quantias exorbitantes para a contratação de empresas de prestadores de serviços na tentativa de colmatarem as falhas por eles criadas e de enganarem a população que tanto tem sido desprezada”, pode ler-se no comunicado.
O SIM exige a melhoria das condições de trabalho, incluindo remuneratórias, dos médicos do quadro do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para que a população do Alentejo possa ter cuidados de saúde de qualidade.
Numa reação às críticas do sindicato, o HESE diz que, à semelhança de outros hospitais do interior do país, é “difícil a captação de recursos humanos na área clínica”.
“Apesar dos esforços realizados, quer pelo conselho de administração, quer pela tutela, com a criação de incentivos, as vagas preenchidas nos recentes concursos foram manifestamente insuficientes e não tem sido possível nem contratar nem fixar os médicos especialistas para preenchimento do quadro clínico do HESE”, acrescenta.