A Televisão Digital Terrestre está a gerar “apreensão” nos autarcas do litoral alentejano.
Alertam para a necessidade de a inovação, embora desejável, não ser feita “à custa de quem menos tem e mais precisa”.
Carlos Beato, presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral, considera que “as mudanças não foram devidamente acauteladas”, sobretudo para “as pessoas das zonas mais interiores, para quem a rádio e a televisão, muitas vezes, é a ligação que têm ao quotidiano”.
O também presidente do município de Grândola, falava a propósito do processo de desligamento do sinal analógico e de introdução da TDT no território nacional.
A primeira fase da cobertura da TDT teve início na quinta-feira da passada semana, com o desligamento do emissor de televisão analógica de Palmela, que servia a península de Setúbal e alguns concelhos do litoral alentejano, os quais, a partir de agora, já só têm acesso ao sinal digital.
O próximo sinal analógico de televisão a ser desligado, na segunda-feira, é o do emissor de Fóia e dos retransmissores de Santiago do Cacém, Cercal do Alentejo, Odemira (todos no Alentejo), Odeceixe, Monchique, Aljezur e Silves (Algarve).