A Universidade de Évora (UÉ), no âmbito da tese de doutoramento em Ciências Agrárias e Ambientais de Ana Teresa Ribeiro procurou replicar a textura e a coloração do fiambre, a partir de vários tipos de pescado e de diferentes processos de elaboração.
Os objetivos passam por alertar para a importância e grande potencialidade das principais espécies nacionais de produção aquícola e ainda produzir uma alternativa ao produto de charcutaria que melhor se enquadre com um estilo de vida e uma alimentação saudáveis.
Ou seja, este estudo orientado orientado por Miguel Elias, professor do Departamento de Fitotecnia, e de Rogério Mendes, investigador do Instituto Português do Mar e Aa da Atmosfera (IPMA) recorreu a vários tipos de pescado de aquacultura, fibras vegetais e diferentes tecnologias de gelificação para desenvolver um produto saudável e pronto a consumir, com características semelhantes às de um fiambre de porco.
As mudanças nos hábitos alimentares levaram a novos alimentos no mercado e foi a pensar nas novas tendências do consumo alimentar que Ana Teresa Ribeiro resolveu acrescentar à lista desta categoria de produtos um fiambre de pescado, revelando que o de corvina, especialmente capturada no inverno, é a melhor opção.
De momento, o estudo da aplicação da polpa de peixe em produtos alimentares prossegue, quer com investigação associada a estágios curriculares quer com investigação associada à indústria alimentar.
Atualmente, Ana Teresa Ribeiro, dedica-se à investigação e conhecimento científico e tecnológico nas áreas da sustentabilidade dos agroecossistemas, ambiente e territórios e da segurança alimentar no Instituto Mediterrâneo para Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (MED) da Universidade de Évora.
Fotografia: Universidade de Évora