O Cineteatro Vianense foi palco no passado dia 24 de maio, do Encontro Estratégias de Combate ao Isolamento e à Violência Contra a Pessoa Idosa, promovido pelo Núcleo de Évora da EAPN Portugal/Rede Europeia Anti Pobreza, Município de Viana do Alentejo, Santa Casa da Misericórdia de Borba e Rede Local de Intervenção Social.
O encontro surgiu devido às situações de isolamento em que residem algumas pessoas idosas, nomeadamente na Região Alentejo, bem como às situações de violência, quer física, psicológica ou outra que preocupam o Núcleo de Évora da EAPN Portugal.
Na sessão de abertura estiveram presentes o presidente do Município de Viana do Alentejo, Bengalinha Pinto, a Diretora do Centro Distrital da Segurança Social de Évora, Sónia Ramos, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Borba, Rui Bacalhau e a representante da EAPN Portugal.
Bengalinha Pinto referiu que o aumento da esperança de vida obriga a ter um maior cuidado com esta camada da população. Atento a esta situação, o Município dispõe de “um conjunto de benefícios e projetos na área do lazer” que vão desde o cartão social do idoso, a Oficina Domiciliária, a Universidade Popular Túlio Espanca/Polo de Viana do Alentejo, passando pelo Clube de Saúde Sénior e, mais recentemente, a tuna, que resultam das várias parcerias efetuadas no âmbito social. O autarca destacou ainda a recente adesão do Município à Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis.
A Diretora do Centro Distrital da Segurança Social de Évora é de opinião que a violência é uma questão transversal e complexa. E coloca uma questão: “Até que ponto faz sentido falar de violência contra os idosos apenas?”. Sónia Ramos diz que “a prevenção deve começar na escola”. A mesma responsável alerta para o facto de ser necessário distinguir os idosos que vivem isoladamente por opção e que, defende, “é necessário respeitar”.
O encontro visou aprofundar o conhecimento sobre as várias dimensões deste fenómeno, bem como promover o diálogo e a troca de ideias relativas a estas problemáticas. Pretendeu, ainda, conhecer práticas de intervenção relativas às situações de isolamento e de violência contra os idosos, desenvolvidas ao longo dos últimos anos, e fomentar o debate e a partilha de experiências a nível privado e público.