Villa romana nas obras da ferrovia em Évora altera projeto

A Infraestruturas de Portugal alterou o projeto de construção da nova ferrovia depois de ter sido identificada uma villa romana, datada entre os séculos III e V, perto de Évora.

Esta alteração acontece de modo a que as obras do novo troço ferroviário não afete o local e respetivos contextos arqueológicos e assim preservar o sítio em toda a sua extensão. A proposta de alteração submetida à Direção Regional de Cultura do Alentejo ( DRCAlen), segundo a IP, “implica uma modificação da tipologia e metodologia de aplicação dos materiais a utilizar para a execução do aterro”.

A diretora regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, confirma que o acompanhamento arqueológico da obra permitiu “a identificação da zona termal de uma ‘villa’ romana”.

Segundo a mesma, foram “identificados e colocados a descoberto” a piscina, um tanque pertencente à zona de banhos frios e um hipocausto para aquecimento de tanques, já destruídos, da zona de banhos quentes”.

Além disso, uma dupla canalização que inicia na zona dos tanques, muitas estruturas arqueológicas de funcionalidade ainda desconhecida, assim como uma necrópole cronologicamente enquadrada na época tardo-romana, também foram identificadas.

Denominado por Seixinho 1, o ponto arqueológico está localizado no subtroço Évora Norte – Freixo da futura linha ferroviária entre Sines e a fronteira do Caia (Portalegre), nas imediações da freguesia rural de São Miguel de Machede, no concelho de Évora.

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